16 de jul. de 2012

Musée d'Orsay na esquina de casa, aqui em São Paulo


Paris: Impressionismo e Modernidade – Obras-primas do Acervo do Museu D’Orsay de Paris

Antonio Gonçalves Filho, do Estadão
No dia 04 de agosto, o CCBB São Paulo dá início à mostra Paris: Impressionismo e Modernidade, inaugurando sua fase de megaexposições.

Van Gogh, La Salle de Danse à Arles. 1888
 Desde que o governo francês decidiu instalar no Jardin des Tuileries, em Paris, um museu consagrado à arte da segunda metade do século 19 e começo do 20 – ou seja, aos impressionistas – na antiga estação d’Orsay, nunca se cogitou a saída de um tesouro como O Tocador de Pífaro (1867), de Manet, a pintura recusada no Salão Oficial de Paris que o escritor Emile Zola ajudou a tornar histórica escrevendo um ensaio monumental sobre ela. Pois não só a tela de Manet, mas 86 outras obras-primas assinadas por Cézanne, Van Gogh, Monet, Renoir, Seurat, Courbet, Degas e Toulouse-Lautrec, entre outras, estarão expostas em agosto no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), numa iniciativa inédita do Musée d’Orsay, que mostra pela primeira vez na América do Sul o melhor de seu acervo.
A exposição, que segue em outubro para a sede do CCBB do Rio – e depois para Madri -, é certamente o projeto mais importante nesses 23 anos de existência da instituição. Tanto que o diretor do CCBB de São Paulo, Marcos Mantoan, desocupou o quarto andar do prédio, no centro de São Paulo, para abrigar as preciosidades que o diretor do Musée d’Orsay separou para mostrar em São Paulo. Impressionado com o cuidado com que são montadas as exposições da instituição e com a segurança do prédio, o conservador do museu francês, Guy Cogeval, ofereceu a Mantoan o empréstimo de obras-primas, entre elas Après Le Repas (1893), de Edouard Vuillard, do qual é o maior especialista.

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